segunda-feira, 30 de junho de 2008

UEFA Euro 2008 – Final

Alemanha 0x1 Espanha

A bola derrotou a camisa. E por mais simpatia que este catarinense que escreve tenha pela Alemanha, a vitória espanhola coroou o melhor futebol apresentado na Euro 2008, que foi uma das melhores da história. Desde a primeira fase, a Espanha jogou muita bola, principalmente apoiada por um meio de campo fantástico, assustador, estarrecedor. Aliás, algo já alertado aqui pelo blog no nosso preview da Euro. A Alemanha sempre é a Alemanha, mas não jogou nem 25% do futebol que a Fúria jogou na Áustria e na Suíça. E a final da competição deixou isso tudo bem claro. A Espanha jogou muito mais que a Alemanha nessa decisão. Com a lesão de Villa, Fàbregas começou o jogo como titular, o que deixou David Silva abrir pela direita e acabar com a atuação de Lahm, um dos principais apoiadores alemães. Aliás, Silva voltou a ser um dos vértices do fabuloso meio-campo espanhol, ao lado de Xavi e Iniesta. Na defesa, preciso baixar a bola para falar de Puyol e Marchena, que se não são os melhores zagueiros do mundo, foram simplesmente monstros perto de Klose, Kuranyi e Gómez. Sergio Ramos e Capdevila marcaram Podolski e Schweinsteiger com precisão cirúrgica, e Marcos Senna mal deixou Ballack pegar na bola. E como Frings e Hitzlsperger estiveram longe de conseguir produzir algo decente, a Alemanha foi uma sombra em campo, mal ameaçando Casillas. Na frente, Fernando Torres fez a galera de vermelho esquecer de vez Raúl, e depois de cabecear uma bola na trave, meteu na rede o gol do segundo título europeu da Espanha, 44 anos depois do primeiro. O técnico Luis Aragonés não é nenhum Ferguson, e é mais lembrado pelos comentários racistas com relação à Henry do que qualquer outra coisa. Mas teve muito méritos em armar a Espanha do jeito certo, sem se importar que jogadores com Fàbregas (banco) e Raúl (nem convocado) estivessem fora do time. A Fúria apaga de seu currículo o quesito “Amarelão Oficial” e pode chegar à próxima Copa do Mundo em condições de brilhar de novo. A Alemanha, não empolgou nunca durante a Euro, e esse time nem parece ter cara de que um dia vá empolgar. Mas como já foi dito, a Alemanha é sempre a Alemanha.

Alemanha: Lehmann; Friedrich, Mertesacker, Metzelder e Lahm (Jansen); Schweinsteiger, Frings, Ballack, Hitzlsperger (Kuranyi) e Podolski; Klose (Gómez).
Espanha: Casillas; Sergio Ramos, Marchena, Puyol e Capdevila; Iniesta, Xavi Hernández, Senna, Fàbregas (Xabi Alonso) e Silva (Santi Cazorla); Torres (Güiza).
Melhor em Campo da UEFA: Fernando Torres (ESP)
Cartões Amarelos: Ballack, Kuranyi (ALE), Casillas e Fernando Torres (ESP).
Gol: Fernando Torres (ESP) aos 33min do 1º tempo.
Estádio: Ernst Happel, Viena, Áustria.
Árbitro: Roberto Rosetti (ITÁ).

Seleção da Euro da UEFA
Goleiros: Buffon (ITA), Casillas (ESP) e Van der Sar (HOL).
Defensores: Bosingwa (POR), Lahm (ALE), Marchena (ESP), Pepe (POR), Puyol (ESP) e Zhirkov (RÚS).
Meio-Campistas: Hamit Altintop (TUR), Modric (CRO), Marcos Senna (ESP), Xavi (ESP), Zyryanov (RÚS), Ballack (ALE), Fàbregas (ESP), Iniesta (ESP), Podolski (ALE) e Sneijder (HOL).
Atacantes: Arshavin (RÚS), Pavlyuchenko (RÚS), Fernando Torres (ESP) e David Villa (ESP).
Melhor Jogador da Euro pela UEFA: Xavi (ESP).

Rafael Porto

sexta-feira, 27 de junho de 2008

UEFA Euro 2008 – Semifinais

Rússia 0x3 Espanha

Apesar da camisa, esse time da Espanha provou que de amarelão não tem nada. Mostrando o mesmo futebol envolvente apresentado em toda competição (com exceção do jogo contra a Itália), a Espanha destruiu a excelente seleção da Rússia, que pintava como grande zebra da competição depois de eliminar a Holanda com grande futebol. Mas na semifinal os russos não brilharam. Arshavin e Pavlyuchenko estavam em um dia pouquíssimo inspirado, Zhirkov foi marcado com excelência por Sergio Ramos, e o meio campo não conseguiu impor a tradicional correria em cima dos quase perfeitos meias espanhóis. E foi esse setor que ganhou o jogo para a Fúria, novamente. Marcos Senna tem sido um gigante, apoiando a insegura defesa dos ibéricos. David Silva, Iniesta e Xavi trocam passes e se movimentam com uma tranqüilidade escandalosa, como se jogassem bola juntos desde crianças. Não dá nem pra se irritar com a ausência de Fàbregas e Xabi Alonso no time titular, de tão boas que foram as atuações da meia-cancha espanhola. Quando Villa se machucou, ainda no primeiro tempo, os mais pessimistas podiam até ter pensado que a vaca ia pro brejo, mas a entrada de Fàbregas melhorou ainda mais o jogo. No segundo tempo, com David Silva mais contido, Fàbregas pôde mostrar que é o melhor reserva da Euro. Sofrendo o gol no começo da segunda etapa, Guus Hiddink mandou a Rússia pra frente, colocando Bilyaletdinov e Sychev. Não adiantou, e a Espanha deitou e rolou nos contra ataques. Fúria na final contra a Alemanha, favorita pelo futebol apresentado, azarão pela camisa e tradição. Rússia eliminada, mas com orgulho futebolístico reconquistado. E com Hiddink no comando, é figura certa nas oitavas-de-final da Copa do Mundo de 2010.

Rússia: Akinfeev; Anyukov, V. Berezutski, Ignashevich e Zhirkov; Zyryanov, Semak, Semshov (Bilyaletdinov) e Saenko (Sychev); Pavlyuchenko e Arshavin.
Espanha: Casillas; Sergio Ramos, Marchena, Puyol e Capdevila; Iniesta, Senna, Xavi Hernández e Silva; Villa (Fàbregas) e Torres (Güiza).
Melhor em Campo da UEFA: Iniesta (ESP).
Cartões Amarelos: Zhirkov e Bilyaletdinov (RÚS).
Gols: Xavi Hernández (ESP) aos 5min do 2o tempo, Güiza (ESP) aos 28min do 2o tempo e Silva (ESP) aos 37min do 2o tempo.
Estádio: Ernst Happel, Viena, Áustria.
Árbitro: Franck De Bleeckere (BÉL).

Rafael Porto

quarta-feira, 25 de junho de 2008

UEFA Euro 2008 – Semifinais

Alemanha 3x2 Turquia

A Turquia surpreendeu o mundo por ter feito gols nos minutos finais em três jogos decisivos da Euro. O que muita gente esqueceu é que a Alemanha faz isso há uns 300 anos. E a primeira semifinal da competição foi decidida assim, com um gol alemão no último minuto da partida. A partida não foi das mais interessantes do ponto de vista técnico. Com apenas três jogadores no banco devido às suspensões e lesões, a Turquia deixou a Alemanha jogar e apostava em contra-ataques, especialmente pela direita, com Hamit Altintop e Kazim Kazim. Mas o primeiro tempo do Nationalelf foi muito fraco, principalmente o de Lahm, que acabou se redimindo no segundo tempo. Com a timidez alemã, os turcos começaram a se soltar, a ir para o ataque, e depois de uma bola no travessão, abriram o placar com um frango de Lehmann. O gol despertou os germânicos. E injustamente, porque não jogaram nada na primeira etapa, a Alemanha empatou, depois de uma jogada belíssima de Podolski e Schweinsteiger. Na segunda etapa, a entrada de Frings no time alemão fez toda a diferença. O jogador deixou Ballack mais à vontade para se aproximar do ataque. A cautela turca, e o estilo de jogo imutável da Alemanha fizeram com que o segundo tempo fosse bem fraquinho, mas o final compensou. Klose virou para os germânicos, e Sentürk empatou na seqüência. Mas no apagar das luzes, Lahm fez uma tabela maravilhosa com Hitzlsperger e fez um golaço. Vaga na final para o Nationalmanschaft, que demorou para embalar na Euro mas agora é favorito contra qualquer adversário que sair do jogo de amanhã, entre Espanha e Rússia. E a Turquia deve se orgulhar muito, porque com a seleção que tem, fez muito, mas muito mais do que era esperado.

Alemanha: Lehmann; Friedrich, Mertesacker, Metzelder e Lahm; Schweinsteiger, Hitzlsperger, Ballack, Rolfes (Frings) e Podolski; Klose (Jansen).
Turquia: Rüstü Reçber; Sabri Sarioglu, Mehmet Topal, Gökhan Zan e Hakan Balta; Kazim Kazim (Tümer Metin), Hamit Altintop, Aurélio, Ayhan Akman (Mevlüt Erdinç) e Ugur Boral (Gökdeniz Karadeniz); Semih Sentürk.
Melhor em Campo da UEFA: Lahm (ALE).
Cartões Amarelos: Semih Sentürk e Sabri Sarioglu (TUR).
Gols: Ugur Boral (TUR) aos 22min do 1º tempo, Schweinsteiger (ALE) aos 26min do 1º tempo, Klose (ALE) aos 29min do 2º tempo, Semih Sentürk (TUR) aos 41min do 2º tempo e Lahm (ALE) aos 45min do 2º tempo.
Estádio: St. Jakob-Park, Basiléia, Suíça.

Árbitro: Massimo Busacca (SUÍ).
Como esses caras são muito feios, coloco aqui a foto da mulher do Schweinsteiger, para dar uma animada no blog.

Rafael Porto

segunda-feira, 23 de junho de 2008

UEFA Euro 2008 – Quartas-de-Final

Espanha 0x0 Itália (4x2 nos pênaltis)

A última partida das quartas-de-final da Euro foi bem pior do que se imaginava. Mas não foi por falta de tentativa das duas equipes, e sim pela característica natural dos times. A Espanha, novamente apostando nas rápidas trocas de passes e posições dos seus meio-campistas, foi para cima da Itália, sem medo dos campeões do mundo. E os italianos fizeram o de sempre, se segurando na defesa e apostando nos contra-ataques. Essa diferença de estratégias das duas seleções fez com que a Espanha tivesse mais domínio de bola, mas deixou o jogo sem muitas chances de gol para ninguém. Enquanto Casillas brilhava na meta da Fúria, já dando uma dica de como seria a disputa de pênaltis, a Squadra Azzurra sofria com a atuação fraca de Aquilani e Perrotta. No segundo tempo, Camoranesi melhorou bastante o setor de armação italiano, impedindo Toni e Cassano de ficarem tão isolados na frente. Na zaga, Chiellini foi um monstro, e pode ser considerado um dos principais responsáveis pela partida ter ido para a prorrogação e depois para os pênaltis. Nas penalidades, Villa marcou para a Espanha, Grosso empatou, Cazorla colocou a Fúria na frente, Casillas defendeu a cobrança de De Rossi, Marcos Senna fez 3x1, Camoranesi diminuiu, Güiza parou nas mãos de Buffon, Casillas pegou a cobrança de Di Natale, e Fàbregas fechou a seqüência, classificando a Espanha para a semifinal de uma competição importante pela primeira vez em 24 anos. Finalmente a Fúria não amarelou, mas agora vai encarar uma pedreira daquelas contra a Rússia. Já os italianos voltam para casa frustrados, depois de não terem conseguido apresentar um grande futebol em nenhum momento da Euro.

Espanha: Casillas; Sergio Ramos, Puyol, Marchena e Capdevila; Xavi (Fàbregas), Marcos Senna, Iniesta (Cazorla) e David Silva; Villa e Fernando Torres (Güiza).
Itália: Buffon; Zambrotta, Panucci, Chiellini e Grosso; Aquilani (Del Piero), De Rossi, Ambrosini e Perrotta (Camoranesi); Cassano (Di Natale) e Toni.
Melhor em Campo da UEFA: Casillas (ESP).
Cartões Amarelos: Iniesta, Villa, Cazorla (ESP) e Ambrosini (ITA).
Estádio: Ernst Happel, Viena, Áustria.
Árbitro: Herbert Fandel (ALE).


Rafael Porto

domingo, 22 de junho de 2008

UEFA Euro 2008 – Quartas-de-Final

Holanda 1x3 Rússia

Uma atuação de primeiro nível da seleção russa eliminou a favorita Holanda, que já era dada como virtual campeã por muita gente. Mas os russos, mesmo tendo um dia a menos de descanso e não tendo poupado jogadores na última rodada da fase de grupos, voltou a se impor pelo condicionamento físico, assim como havia feito contra a Suécia. A Rússia foi pra cima da Holanda, querendo abrir o placar e desmontar a tática holandesa de jogar nos contra-ataques. Se aproveitando do ofensivismo russo, a Orange ameaçava muito, mas com menos brilhantismo técnico do que mostrado na primeira fase. Na segunda etapa, quando finalmente inaugurou o marcador, a Rússia não se acomodou, continuou em cima, buscando a definição do placar. Mas no fim da partida, em uma falta cobrada na direita da grande área, os batavos empataram e levaram o jogo para a prorrogação. No tempo extra, mais correria russa até que, merecidamente, a meta holandesa ruiu. Mais uma campanha fantástica de um time treinador pelo holandês Guus Hiddink, que já havia levado a Coréia do Sul às semifinais da Copa do Mundo de 2002, a Austrália às oitavas-de-final da Copa do Mundo de 2006, e o PSV às semifinais da Liga dos Campeões em 2005. A Holanda novamente vai embora com um clima de decepção, depois de mostrar o melhor futebol no começo da competição. Van Basten se despede da seleção, e vai treinar o Ajax. E italianos e espanhóis precisam pôr as barbas de molho, porque a Rússia não será uma adversária tranqüila na próxima fase.

Holanda: Van der Sar; Boulahrouz (Heitinga), Ooijer, Mathijsen e Van Bronckhorst; Kuyt (Van Persie), De Jong, Van der Vaart, Engelaar (Afellay) e Sneijder; Van Nistelrooy.
Rússia: Akinfeev; Anyukov, Ignashevich, Kolodin e Zhirkov; Zyryanov, Semak, Semshov (Bilyaletdinov) e Saenko (Torbinski); Pavlyuchenko (Sychev) e Arshavin.
Melhor em Campo da UEFA: Arshavin (RÙS).
Cartões Amarelos: Boulahrouz, Van der Vaart, Van Persie (HOL), Kolodin, Zhirkov e Torbinski (RÚS).
Gols: Pavlyuchenko (RÚS) aos 11 min do 2º tempo, Van Nistelrooy (HOL) aos 41 min do 2º tempo, Torbinski (RÚS) aos 7 min do 2º tempo da prorrogação e Arshavin (RÚS) aos 11 min do 2º tempo da prorrogação.
Estádio: St. Jakob-Park, Basiléia, Suíça.
Árbitro: Lubos Michel (ESL).

Rafael Porto

sábado, 21 de junho de 2008

UEFA Euro 2008 – Quartas-de-Final

Croácia 1x1 Turquia (1x3 nos pênaltis)

Um jogo horroroso e um final espetacular. Só o futebol é capaz de produzir uma anomalia como essa. O primeiro tempo até apresentou um futebol aceitável. A Croácia manteve o esquema que fez 100% de aproveitamento na primeira fase, com Kranjcar jogando atrás do único atacante, Olic, e apostando na movimentação incansável do excelente Modric. Já a Turquia inovou, dando mais liberdade para os laterais apoiarem o ataque. A mudança fez diferença, já que o lateral-direito Hamit Altintop é talvez o melhor atleta turco. Mas as duas equipes, apesar de muita vontade e dedição, pouco apresentaram em termos de técnica. Na segunda etapa o jogo piorou muito, e ficou extremamente truncado, com a bola presa no meio de campo. Com o resultado final em 0x0 ao final dos 90 minutos, o jogo foi para a prorrogação. E na primeira parte do tempo extra, o que se viu foi uma blitz turca. Os otomanos foram para cima apostando na mesma arma que os levou às quartas-de-final, a raça. Mas mesmo assim, o jogo continuava com cara de decisão nos pênaltis. No segundo tempo essa cara persistiu, e quando tudo indicava as penalidades, aos 13 minutos Modric cruzou, Rustu saiu mal do gol, e Klasnic fez 1 a 0. Festa croata, classificação garantida. Mas a Turquia, novamente, não deixou de acreditar. E Rustu, que minutos antes assumia o papel de vilão, lançou a bola para área, e Senturk acertou um lindo chute para empatar o jogo, nos descontos da prorrogação. Depois disso, enquanto os turcos se empolgaram, os croatas se desesperaram. E nos pênaltis, como é bastante comum, o craque do jogo falhou. Modric desperdiçou a primeira cobrança croata, Arda Turam marcou, Srna empatou, Senturk colocou a Turquia na frente, Rakitic também errou, Altintop fez 3x1 e Rustu assumiu de vez o papel de herói ao pegar o último chute dos balcânicos, de Petric, selando uma improvável classificação turca para as semifinais, onde enfrenta a Alemanha. E vai precisar de muita força de vontade e garra para superar o cansaço e os desfalques na partida. Mas dessa Turquia, já não é mais possível duvidar.

Croácia: Pletikosa; Corluka, R. Kovac, Simunic e Pranjic; Srna, Modric, N. Kovac e Rakitic; Kranjcar (Petric) e Olic (Klasnic).
Turquia: Rüstü Reçber; Hamit Altintop, Gökhan Zan, Emre Asik e Hakan Balta; Sabri Sarioglu, Mehmet Topal (Semih Sentürk), Tuncay Sanli e Arda Turam; Kazim Kazim (Ugur Boral) e Nihat Kahveci (Gökdeniz Karadeniz).
Melhor em Campo da UEFA: Hamit Altintop (TUR).
Cartões Amarelos: Arda Turam, Emre Asik, Tuncay Sanli e Ugur Boral (TUR).
Gols: Klasnic (CRO) aos 14 min e Semih Sentürk (TUR) aos 16 min do 2º tempo da prorrogação. Estádio: Ernst Happel, Viena, Suíça.
Árbitro: Roberto Rosetti (ITÁ).

Rafael Porto

quinta-feira, 19 de junho de 2008

UEFA Euro 2008 – Quartas-de-Final

Portugal 2x3 Alemanha

Quem ainda tem coragem de dizer que camisa não ganha jogo? Na partida que abriu as quartas-de-final da UEFA Euro 2008, a Alemanha venceu Portugal apostando muito no fator camisa. Na primeira fase, enquanto os portugueses mostraram bom futebol e empolgaram no Grupo A, os alemães se arrastaram em campo no Grupo B. Mas na hora da decisão, a Alemanha é a Alemanha. Sem o técnico Joachim Löw no banco (ele foi expulso no jogo contra a Áustria), a Alemanha foi a campo com uma formação diferente. Sem poder contar com Frings, que está lesionado, o Nationalelf apostou em Rolfes e Hitzlsperger para proteger a defesa, o que deixou Schweinsteiger e Ballack mais à vontade na função de armar as jogadas. Do lado português, Cristiano Ronaldo e Deco estavam em um dia particularmente infeliz, o que dificultou as coisas. Petit e Paulo Ferreira também não jogaram nada, mas desses pouco se esperava. A Alemanha agora aguarda o vencedor de Croácia x Turquia para saber quem será seu adversário na semifinal. Já no lado de Portugal, o jogo marcou a despedida de Luiz Felipe Scolari do comando dos Tugas, depois de 6 anos no cargo. Nesse tempo, Felipão devolveu o orgulho aos portugueses quando o assunto é futebol. Boa sorte para ele no Chelsea, e boa sorte para Portugal, que vai precisar encontrar um treinador à altura se quiser continuar sendo protagonista no mundo da bola.

Portugal: Ricardo; Bosingwa, Pepe, Carvalho e Ferreira; Cristiano Ronaldo, Petit (Hélder Postiga), Deco, João Moutinho (Raul Meireles) e Simão; Nuno Gomes (Nani).
Alemanha: Lehmann; Friedrich, Mertesacker, Metzelder e Lahm; Schweinsteiger (Fritz), Rolfes, Ballack e Hitzlsperger (Borowski); Klose (Jansen) e Podolski.
Melhor em Campo da UEFA: Schweinsteiger (ALE).
Cartões Amarelos: Petit, Pepe, Hélder Postiga (POR), Friedrich e Lahm (ALE).
Gols: Schweinsteiger (ALE) aos 22, Klose (ALE) aos 26 e Nuno Gomes (POR) aos 40 do 1º tempo. Ballack (ALE) aos 16 e Hélder Postiga (POR) aos 42 do 2º tempo.
Estádio: St. Jakob-Park, Basiléia, Suíça.
Árbitro: Peter Fröjdfeldt (SUÉ).

Rafael Porto

UEFA Euro 2008 – Jogos do Dia – 18/06

Grécia 1x2 Espanha

Com apenas um titular em campo, a Espanha conseguiu virar o jogo para cima da atual campeã. O resultado confirma a Fúria ao lado de Holanda e Croácia como as melhores seleções da competição na primeira fase, com 100% de aproveitamento. Já a Grécia se despede como o único time sem marcar nenhum ponto. O destaque da partida foi a atuação de Fàbregas e De la Red, que conduziram o meio-campo espanhol com muita qualidade.

Grécia: Nikopolidis; Vintra, Kyrgiakos (Antzas), Dellas e Spiropoulos; Salpingidis (Giannakopoulos), Basinas, Karagounis (Tziolis), Katsouranis e Amanatidis; Charisteas.
Espanha: Reina; Arbeloa, Albiol, Juanito e Fernando Navarro; Sergio García, De la Red, Fàbregas, Xabi Alonso e Iniesta (Santi Cazorla); Güiza.
Melhor em Campo da UEFA: Xabi Alonso (ESP).
Cartões Amarelos: Basinas, Karagounis, Vintra (GRÉ), Güiza e Arbeloa (ESP).
Gols: Charisteas (GRÉ) aos 42 do 1o tempo, De la Red (ESP) aos 16 e Güiza (ESP) aos 43 do 2o tempo.
Estádio: Wals-Siezenheim, Salzburg, Áustria.
Árbitro: Howard Webb (ING).

Rússia 2x0 Suécia

Na partida que definiria o segundo classificado do Grupo D, o técnico Guus Hiddink mostrou mais uma vez porque é considerado um dos melhores do mundo. Ele armou a Rússia de forma totalmente ofensiva, apostando em muita velocidade e em um preparo físico assustador. A Suécia ficou perdida, e com Ibrahimovic longe das condições físicas ideais, chegou poucas vezes a ameaçar a meta russa. Já os comandados de Hiddink tinham Zhirkov e Anyukov, que foram impecáveis pelas alas, e Arshavin, que mostrou porque mereceu ser convocado mesmo tendo que cumprir dois jogos de suspensão. Agora, enquanto a boa seleção sueca volta para a Escandinávia, a Rússia segue em frente para enfrentar a intimidadora Holanda, país natal de seu maior astro, o treinador.

Rússia: Akinfeev; Anyukov, Ignashevich, Kolodin e Zhirkov; Zyryanov, Semak, Semshov e Bilyaletdinov (Saenko); Pavlyuchenko (Bystrov) e Arshavin.
Suécia: Isaksson; Stoor, Mellberg, Hansson e Nilsson (Allbäck); Elmander, Andersson (Källström), Svensson e Ljungberg; H. Larsson e Ibrahimovic.
Melhor em Campo da UEFA: Arshavin (RÚS).
Cartões Amarelos: Kolodin, Arshavin, Semak (RÚS), Isaksson e Elmander (SUÉ).
Gols: Pavlyuchenko (RÚS) aos 5 do 1o tempo e Arshavin (RÚS) aos 5 do 2o tempo.
Estádio: Tivoli Neu, Innsbruck, Áustria.
Árbitro: Frank De Bleeckere (BÉL).

Classificação Final Grupo D

1º - Espanha - 9 pontos
2º - Rússia - 6 pontos
3º - Suécia - 3 pontos
4º - Grécia - 0 ponto.

Rafael Porto

quarta-feira, 18 de junho de 2008

UEFA Euro 2008 – Jogos do Dia – 17/06

Holanda 2x0 Romênia

A Holanda, já classificada em 1o lugar no Grupo C, foi a campo com apenas dois jogadores titulares. Como a Romênia dependia apenas de si mesma para se classificar, se esperava um domínio dos romenos na partida. No primeiro tempo isso até se confirmou, principalmente com chutes da fora da área dos balcânicos. Mas na segunda etapa, quando a Holanda abriu o placar, a Romênia mostrou nervosismo para ir atrás do resultado. No fim do jogo, quando o desânimo já havia tomado conta do time adversário, a Orange fez o segundo e garantiu os 100% de aproveitamento. Agora, os comandados de Marco Van Basten enfrentam o vencedor de Rússia x Suécia nas quartas-de-final. A Romênia se despede, mas deixa uma boa impressão, e merece conquistar uma vaga para o Mundial de 2010.

Holanda: Stekelenburg; Boulahrouz (Melchiot), Heitinga, Bouma e De Cler; Van Persie, Engelaar, Afellay, De Zeeuw e Robben (Kuyt); Huntelaar (Hesselink).
Romênia: Lobont; Contra, Ghionea, Tamas e Rat; Nicolita (Petre), Cocis, Chivu, Codrea (Dica) e Mutu; M. Niculae (D. Niculae).
Melhor em Campo da UEFA: Van Persie (HOL).
Cartão Amarelo: Chivu (ROM).
Gols: Huntelaar (HOL) aos 9 e Van Persie (HOL) aos 42 do 2º tempo.
Estádio: Stade de Suisse, Berna, Suíça.
Árbitro: Massimo Busacca (SUÍ).

França 0x2 Itália

Os dois finalistas da última Copa do Mundo se reencontrando em uma competição de 1o nível. E os dois com chances de morrer abraçados, caso a Romênia vencesse a Holanda. A Itália veio para jogar italianamente, sempre preocupada com a defesa, e apostando em um meio campo estranho, com Pirlo, De Rossi e Perrotta atuando em posições diferentes das quais estão acostumados. No ataque, Cassano tinha a missão de municiar Toni. Já a França veio com a promissora dupla Henry e Benzema no ataque, o que dava esperança de uma atuação melhor do que as anteriores. O problema é que Ribery se machucou ainda no começo do jogo, e os Bleus perderam muito com a saída dele. Além disso, o técnico francês, Raymond Domenech, resolveu escalar Abidal como zagueiro, o que absolutamente não deu certo, já que ele fez um pênalti e acabou sendo expulso. A Itália está classificada para a próxima fase, onde enfrenta a Espanha. Já a França se despede melancolicamente, assim como na Copa de 2002.

França: Coupet; Clerc, Gallas, Abidal e Evra; Govou (Anelka), Toulalan, Makelele e Ribery (Nasri) (Boumsong); Benzema e Henry.
Itália: Buffon; Zambrotta, Panucci, Chiellini e Grosso; Pirlo (Ambrosini), De Rossi, Gattuso (Aquilani) e Perrotta (Camoranesi); Toni e Cassano.
Melhor em Campo da UEFA: De Rossi (ITA).
Cartões Amarelos: Govou, Henry, Evra, Boumsong (FRA), Chiellini, Gattuso e Pirlo (ITA).
Cartão Vermelho: Abidal (FRA).
Gols: Pirlo (ITA) de pênalti aos 25 do 1º tempo e De Rossi (ITA) aos 17 do 2º tempo.
Estádio: Letzigrund, Zurich, Suíça.
Árbitro: Lubos Michel (ESL).

Classificação Final Grupo C

1º - Holanda – 9 pontos
2º - Itália – 4 pontos
3º - Romênia – 2 pontos
4º - França – 1 ponto.

Rafael Porto

terça-feira, 17 de junho de 2008

UEFA Euro 2008 – Jogos do Dia – 16/06

Áustria 0x1 Alemanha

Croácia? Turquia? Não, a maior surpresa da Euro até agora foi a Áustria. Os co-anfitriões da competição estão eliminados, fizeram só um ponto e marcaram só um gol. Mas se esperava um futebol muito pior deles. Mas muito mesmo. Nas três partidas, os austríacos jogaram bem, e se não dá pra dizer que mereciam a classificação, pelo menos mereciam uma despedida mais bonita, como a da Suíça ontem. No jogo de hoje, a Áustria pressionou muito a favorita Alemanha, que jogou como sempre, com paciência, esperando o momento certo pra dar o bote. E com um gol de falta de Ballack, o maestro alemão, o Nationalmannschaft está nas quartas-de-final, onde vai enfrentar a forte seleção de Portugal. E os alemães precisam se espertar, porque o futebol apresentado até agora foi meio sonolento, principalmente por parte de Klose, um dos astros do time.

Áustria: Macho; Garics, Stranzl, Hiden (Leitgeb) e Pogatetz; Harnik (Kienast), Aufhauser (J. Säumel), Ivanschitz, Korkmaz e Fuchs; Hoffer.
Alemanha: Lehmann; Friedrich, Mertesacker, Metzelder e Lahm; Fritz (Borowski), Frings, Ballack e Podolski (Neuville); Gómez (Hitzlsperger) e Klose.
Melhor em Campo da UEFA: Ballack (ALE)
Cartões Amarelos: Stranzl, Ivanschitz e Hoffer (ÁUS).
Gol: Ballack (ALE) aos 4 do 2º tempo.
Estádio: Ernst Happel, Viena, Áustria.
Árbitro: Manuel Mejuto González (ESP).

Polônia 0x1 Croácia

Holanda? Espanha? Não, o melhor time da Euro 2008 até aqui é a Croácia, única seleção que fechou a primeira fase com 100% de aproveitamento (as duas seleções citadas ainda podem tropeçar). Mas o jogo de hoje foi sofrível. Como a Polônia precisava do resultado, era de se esperar que fosse pra cima da Croácia, que jogava com o time reserva. Mas os poloneses foram extremamente apáticos e pouco fizeram para perturbar os croatas, que venceram em um lance esporádico. Jogo fraco, e a Polônia diz adeus à Euro, enquanto a Croácia se prepara para enfrentar a Turquia nas quartas-de-final, com grande chance de passar para as semifinais.

Polônia: Boruc; Wasilewski, Zewlakow, Dudka e Wawrzyniak; Lobodzinski (Smolarek), Murawski, Guerreiro, Lewandowski (Kokoszka) e Krzynowek; Saganowski (Zahorski).
Croácia: Runje; Simic, Vejic, Knezevic (Corluka) e Pranjic; Leko, Vukojevic, Pokrivac e Rakitic; Klasnic (Kalinic) e Petric (Kranjcar).
Melhor em Campo da UEFA: Klasnic (CRO).
Cartões Amarelos: Lewandowski, Zahorski (POL), Vejic e Vukojevic (CRO).
Gol: Klasnic (CRO) aos 8 do 2º tempo.
Estádio: Wörthersee, Klagenfurt, Áustria.
Árbitro: Kyros Vassaras (GRÉ).

Classificação Final Grupo B

1º - Croácia – 9 pontos
2º - Alemanha – 6 pontos
3º - Áustria – 1 ponto, -2 de saldo.
4º - Polônia – 1 ponto, -3 de saldo.

Rafael Porto

segunda-feira, 16 de junho de 2008

UEFA Euro 2008 – Jogos do Dia – 15/06

Suíça 2x0 Portugal

Com o primeiro lugar garantido no Grupo A, pois o primeiro critério de desempate é o confronto direto, Portugal foi a campo com 8 reservas, já pensando no provável jogão contra a Alemanha nas quartas-de-final. Isso ajudou muito o time da Suíça, que apesar de já eliminado, jogou sério, porque queria dar uma despedida digna para o técnico Köbi Kuhn e para o goleiro Zuberbühler, que deixaram a seleção. Em uma partida inspirada de Yakin, e contando com erros de arbitragem a seu favor, a Suíça conseguiu fazer a alegria da torcida, e se despede da Euro com a cabeça erguida.

Suíça: Zuberbühler; Lichtsteiner (Grichting), Müller, Senderos e Magnin; Behrami, Fernandes, Inler e Vonlanthen (Barnetta); Hakan Yakin (Cabanas) e Derdiyok.
Portugal: Ricardo; Miguel, Pepe, Bruno Alves e Ferreira (Jorge Ribeiro); Quaresma, Fernando Meira, Miguel Veloso (João Moutinho), Raul Meireles e Nani; Hélder Postiga (Hugo Almeida).
Melhor em Campo da UEFA: Hakan Yakin (TUR).
Cartões Amarelos: Hakan Yakin, Fernandes, Vonlanthen, Barnetta (SUÍ), Ferreira, Fernando Meira, Miguel e Jorge Ribeiro (POR).
Gols: Hakan Yakin (SUÍ) aos 26 e de pênalti aos 38 do 2º tempo.
Estádio: St. Jakob-Park, Basiléia, Suíça.
Árbitro: Konrad Plautz (ÁUS).

Turquia 3x2 República Tcheca

A partida mais emocionante da Euro até aqui. As duas equipes entraram em campo empatadas em tudo na classificação, e lutavam pela segunda vaga do Grupo A. O primeiro tempo foi muito fraco, com os times preferindo bater do que jogar. A estratégia dos tchecos de jogar bolas na área para o gigante Koller cabecear deu certo e eles foram para o intervalo com a vaga na próxima fase nas mãos. No segundo tempo, a Turquia veio para o tudo ou nada, mas em um dos raros ataques, a República Tcheca ampliou. Mesmo perdendo por 2x0 aos 30 do 2º tempo, os turcos não desistiram, partiram para cima, e contaram com a falha do goleiro Cech para virar o jogo e garantir lugar nas quartas-de-final. O goleiro turco Volkan ainda foi expulso e o atacante tcheco Baros levou amarelo no banco, em jogo para entrar na história da Euro.

Turquia: Volkan Demirel; Hamit Altintop, Emre Güngör (Emre Asik), Servet Çetin e Hakan Balta; Mehmet Topal (Kazim Kazim), Aurélio, Arda Turam e Tuncay Sanli; Nihat Kahveci e Semih Sentürk (Sabri Sarioglu).
Rep. Tcheca: Cech; Grygera, Ujfalusi, Rozehnal e Jankulovski; Sionko (Wlcek), Matejovsky (Jarolim), Galásek, Polák e Plasil (Kadlec); Koller.
Melhor em Campo da UEFA: Nihat Kahveci (TUR).
Cartões Amarelos: Mehmet Topal, Aurélio, Arda Turam, Emre Asik (TUR), Galásek, Ujfalusi e Baros (RPC).
Cartão Vermelho: Volkan Demirel (TUR).
Gols: Koller (RPC) aos 34 do 1º tempo. Plasil (RPC) aos 17, Arda Turam (TUR) aos 30 e Nihat Kahveci (TUR) aos 42 e aos 44 do 2º tempo.
Estádio: Stade de Genève, Genebra, Suíça.
Árbitro: Peter Fröjdfeldt (SUÉ).

Classificação Final Grupo A

1º - Portugal – 6 pontos
2º - Turquia – 6 pontos
3º - República Tcheca – 3 pontos
4º - Suíça – 3 pontos.

Pedro Júnior

domingo, 15 de junho de 2008

UEFA Euro 2008 – Jogos do Dia – 14/06

Suécia 1x2 Espanha

A Espanha confirmou a condição de time em melhor fase na Euro, ao lado da Holanda. Mantendo o esquema utilizado no primeiro jogo, com a movimentação incrível dos meio-campistas e dos atacantes, a Fúria era perigosa em todas as investidas ao ataque. A Suécia tem bem menos criatividade tática, mas joga muito bem no 4-4-2 clássico, e tem Ibrahimovic, um atacante que deita e rola em uma defesa fraca como a espanhola. Quando ele se machucou e saiu no segundo tempo, os ataques da Suécia acabaram. O gol do artilheiro isolado Villa no final fez justiça a um segundo tempo quase todo da Espanha.

Suécia: Isaksson; Stoor, Mellberg, Hansson e Nilsson; Elmander (S. Larsson), Andersson, Svensson e Ljungberg; Larsson (Kallstrom) e Ibrahimovic (Rosenberg).
Espanha: Casillas; Sergio Ramos, Marchena, Puyol (Albiol) e Capdevila; Iniesta (Cazorla), Senna, Xavi (Fàbregas) e Silva; Villa e Fernando Torres.
Melhor em Campo da UEFA: Villa (ESP).
Cartões Amarelos: Svensson (SUE) e Marchena (ESP).
Gols: Fernando Torres (ESP) aos 15 e Ibrahimovic (SUE) aos 34 do 1º tempo. Villa (ESP) aos 47 do 2º tempo.
Estádio: Tivoli Neu, Innsbruck, Áustria.
Árbitro: Pieter Vink (HOL).

Grécia 0x1 Rússia

Os atuais campeões estão eliminados. E mais que merecidamente. Assim como na primeira rodada, a Grécia tentou se defender desesperadamente e contar com algum lance esporádico no ataque. Já a Rússia provou ter assimilado a goleada da estréia, e entrou para vencer o jogo. Na última rodada do Grupo D, enquanto Grécia x Espanha não vale nada, Rússia x Suécia será decisivo. Os suecos são favoritos, mas o time russo tem condições de surpreender.

Grécia: Nikopolidis; Seitaridis (Karagounis), Dellas, Kyrgiakos e Torosidis; Katsouranis, Charisteas, Basinas, Amanatidis (Giannakopoulos) e Patsatzoglou; Liberopoulos (Gekas).
Rússia: Akinfeev; Anyukov, Kolodin, Ignashevich e Zhirkov (V. Berezutski); Torbinski, Zyryanov, Semak, Semshov e Bilyaletdinov (Saenko); Pavlyuchenko.
Melhor em Campo da UEFA: Pavlyuchenko (RUS).
Cartões Amarelos: Liberopoulos, Karagounis (GRE), Torbinski e Saenko (RUS).
Gol: Zyryanov (RUS) aos 33 do 1º tempo.
Estádio: Wals-Siezenheim, Salzburg, Áustria.
Árbitro: Roberto Rosetti (ITA).

Classificação Grupo D

1º - Espanha – 6 pontos
2º - Suécia – 3 pontos, 1 de saldo
3º - Rússia – 3 pontos, -2 de saldo
4º - Grécia – 0 ponto.

Pedro Júnior

sexta-feira, 13 de junho de 2008

UEFA Euro 2008 – Jogos do Dia – 13/06

Itália 1x1 Romênia

A Itália jogou muito melhor do que contra a Holanda. Mas a Romênia mostrou que já estaria classificada se estivesse em outro grupo. Do lado da Azzurra, o problema do isolamento de Toni no ataque foi resolvido com a entrada de Del Piero no time titular. Ambrosini, que insistiu em atacar demais no primeiro jogo, deu lugar ao ótimo Perrotta, que permitiu a Pirlo ser mais ofensivo e organizar bem (como sempre) o jogo italiano. Mas do outro lado estava uma Romênia que não desistiu de atacar como havia feito contra a França. Os romenos jogaram de igual pra igual, puxando muitos contra ataques e contando com uma grande atuação do goleiro Lobont. Mutu fez uma partida sensacional, mas perdeu um pênalti no fim que poderia eliminar os atuais campeões do mundo.

Itália: Buffon; Zambrotta, Panucci, Chiellini e Grosso; Camoranesi (Ambrosini), Pirlo, Perrotta (Cassano), De Rossi e Del Piero (Quagliarella); Toni.
Romênia: Lobont; Contra, Tamas, Goian e Rat; Petre (Nicolita), Radoi (Dica), Chivu e Codrea: D. Niculae e Mutu (Cocis).
Melhor em Campo da UEFA: Pirlo (ITA)
Cartões Amarelos: De Rossi, Pirlo (ITA), Chivu, Mutu e Goian (ROM).
Gols: Mutu (ROM) aos 10 e Panucci (ITA) aos 11 do 2º tempo.
Estádio: Letzingrund, Zurich, Suíça.
Árbitro: Tom Henning Ovrebo (NOR)

Holanda 4x1 França

Está muito chato ver a França jogar. E está muito bom ver a Holanda em campo. Na segunda partida das equipes na Euro não foi diferente. O técnico francês até tentou mudar, tirando Ribery da direita e o colocando atrás de Henry, pelo meio. Mas a Holanda voltou a apostar na mesma estratégia do primeiro jogo. Fez 1x0, depois deixou a bola correr até cansar o adversário, fechadinha lá atrás. No segundo tempo, com Robben e Van Persie, abriu o jogo totalmente, e aplicou uma correria enlouquecida em cima dos Bleus. Primeiro lugar do grupo garantido para a Oranje, o que significa a eliminação precoce de pelo menos 1 dos finalistas da última Copa do Mundo. E a França bem que está merecendo cair fora logo, pelo bem do futebol. Nosso amigo Régis acha que pintou o campeão. Alguém discorda?

Holanda: Van der Sar; Boulahrouz, Ooijer, Mathijsen e Van Bronckhorst; Kuyt (Van Persie), De Jong, Van der Vaart (Bouma), Engelaar (Robben) e Sneijder; Van Nistelrooy.
França: Coupet; Sagnol, Thuram, Gallas e Evra; Govou (Anelka), Toulalan, Makelele e Malouda (Gomis); Ribery e Henry.
Melhor em Campo da UEFA: Sneijder (HOL)
Cartões Amarelos: Ooijer (HOL), Makelele e Toulalan (FRA).
Gols: Kuyt (HOL) aos 9 do 1º tempo. Van Persie (HOL) aos 14, Henry (FRA) aos 26, Robben (HOL) aos 27 e Sneijder (HOL) aos 47 do 2º tempo.
Estádio: Stade de Suisse, Berna, Suíça.
Árbitro: Herbert Fandel (ALE).

Classificação Grupo C

1º - Holanda – 6 pontos
2º - Romênia – 2 pontos
3º - França – 1 ponto
Itália – 1 ponto.

Pedro Júnior

quinta-feira, 12 de junho de 2008

UEFA Euro 2008 – Jogos do Dia – 12/06

Croácia 2x1 Alemanha

Uma atuação de time grande dos croatas. Comandado pelo excelente Luka Modric, o time do leste europeu anulou aquela que devia ser uma das principais jogadas alemãs. Assim como no primeiro jogo, Podolski jogou como meia aberto pela direita, mas chegando à frente como um terceiro atacante. Contra a Polônia funcionou muito bem, mas contra a Croácia não deu muito certo, apesar do jogador se igualar na artilharia da competição com 3 gols, ao lado de Villa, da Espanha. O técnico croata Slaven Bilic também ousou, escalando o meia Niko Kranjcar no ataque, servindo o matador Olic. Mais um bom jogo da Euro, com duas equipes que se respeitaram bastante, mas não deixaram de tentar o gol.

Croácia: Pletikosa; Corluka, R. Kovac, Simunic e Pranjic; Srna (Leko), Modric, N. Kovac e Rakitic; Kranjcar (Knezevic) e Olic (Petric).
Alemanha: Lehmann; Lahm, Metzelder, Mertesacker e Jansen (Odonkor); Fritz (Kuranyi), Frings, Ballack e Podolski; Gómez (Schweinsteiger) e Klose.
Melhor em Campo da UEFA: Modric (CRO)
Cartões Amarelos: Simunic, Srna, Modric, Leko (CRO), Lehmann e Ballack (ALE).
Cartão Vermelho: Schweinsteiger (ALE).
Gols: Srna (CRO) aos 24 do 1º tempo. Olic (CRO) aos 17 e Podolski (ALE) aos 34 do 2º tempo.
Estádio: Wörthersee, Klagenfurt, Áustria
Árbitro: Frank De Bleeckere (BÉL).

Áustria 1x1 Polônia

Mais uma vez a Áustria surpreende e mostra um futebol acima das expectativas. Só que mais uma vez sai de campo sem a vitória. E dessa vez eles a mereciam. Os austríacos pressionaram muito, principalmente no primeiro tempo, mas pararam nas mãos do ótimo goleiro Boruc. O problema é que a defesa dos anfitriões insistia em uma nada inteligente linha de impedimento, o que causava sustos aos fanáticos torcedores presentes ao estádio. E o árbitro também não ajudou muito. Além do impedimento no gol polonês, logo no começo do segundo tempo a Áustria não teve um pênalti claro marcado a seu favor. Do lado da Polônia, a boa atuação do brasileiro naturalizado Roger Guerreira foi destaque, já que ele jogou no meio-de-campo, orquestrando os ataques de sua equipe.

Áustria: Macho; Garics, Prödl, Stranzl e Pogatetz; Leitgeb, Aufhauser (J. Säumel), Ivanschitz (Vastic) e Korkmaz; Harnik e Linz (Kienast).
Polônia: Boruc; Wasilewski, Jop (Golanski), Bak e Zewlakow; Dudka, Lewandowski, Krzynowek e Guerreiro (Murawski); Saganowski (Lobodzinski) e Smolarek.
Melhor em Campo da UEFA: Roger Guerreiro (POL)
Cartões Amarelos: Korkmaz, Prödl (ÁUS), Bak, Krzynowek e Wasilewski (POL).
Gols: Guerreiro (POL) aos 30 do 1º tempo. E Vastic (ÁUS) de pênalti aos 48 do 2º tempo.
Estádio: Ernst Happel, Viena, Áustria.
Árbitro: Howard Webb (ING).

Classificação Grupo B

1° - Croácia – 6 pontos.
2° - Alemanha – 3 pontos.
3º - Áustria – 1 ponto, -1 de saldo.
4º - Polônia – 1 ponto, -2 de saldo.

Pedro Júnior

UEFA Euro 2008 – Jogos do Dia – 11/06

República Tcheca 1x3 Portugal

Outra atuação consistente do time português. A dupla Cristiano Ronaldo e Deco jogou muita bola, mostrando que tem futebol para conduzir os Tugas ao título que escapou por pouco em 2004. João Moutinho também voltou a mostrar que é uma aposta acertada de Felipão, já que novamente foi muito bem na condução da bola da defesa ao ataque luso Já a República Tcheca segue viva na competição porque venceu na estréia, e jogou melhor do que contra a Suíça. A entrada de Baros no lugar do gigantesco Koller está diretamente ligada a essa melhora, já que trouxe mais mobilidade e velocidade ao ataque tcheco.

Rep. Tcheca: Cech; Grygera, Ujfalusi, Rozehnal e Jankulovski; Sionko, Matejovsky (Wlcek), Galasek (Koller), Polak e Plasil (Jarolim); Baros
Portugal: Ricardo; Bosingwa, Pepe, Ricardo Carvalho e Paulo Ferreira; Cristiano Ronaldo, Petit, Deco, João Moutinho (Fernando Meira) e Simão (Quaresma); Nuno Gomes (Hugo Almeida).
Melhor em Campo da UEFA: Cristiano Ronaldo (POR)
Cartões Amarelos: Polak (RPC) e Bosingwa (POR).
Gols: Deco (POR) aos 8 e Sionko (RPC) aos 17 do 1º tempo. Cristiano Ronaldo (POR) aos 18 e Quaresma (POR) aos 46 do 2º tempo.
Estádio: Stade de Geneve, Genebra, Suíça.
Árbitro: Kyros Vassaras (GRÉ).

Suíça 1x2 Turquia

Pela primeira vez na história das grandes competições mundiais, um time sede é eliminado na segunda rodada da fase de grupos. Indiscutivelmente, a Suíça se tornou a primeira grande decepção da Euro. Não que os helvéticos sejam uma força mundial, mas se esperava uma campanha digna do jovem time do técnico Kobi Kuhn. A partida foi marcada por muita vontade, dos dois lados, já que o gramado encharcado dificultou jogadas mais técnicas. O primeiro tempo foi todo suíço, mas a segunda etapa foi toda turca, graças à entrada de Semih Senturk, que mudou o jogo a favor da Turquia. Agora, República Tcheca e Turquia devem fazer um jogo eletrizante na busca pela segunda vaga do Grupo A, já que Portugal está matematicamente classificado para as quartas-de-final.

Suíça: Benaglio; Lichtsteiner, Muller, Senderos e Magnin; Behrami, Inler, Fernandes (Cabanas) e Barnetta (Vonlanthen); Hakan Yakin (Gygax) e Derdiyok.
Turquia: Volkan; Hamit Altintop, Asik, Servet Çetin e Balta; Karadeniz (Senturk), Mehmet Aurélio, Arda Turam e Metin (Topal); Nihat (Kazim) e Tuncay Sanli.
Melhor em Campo da UEFA: Arda Turam (TUR)
Cartões Amarelos: Derdiyok (SUÍ), Balta, Mehmet Aurélio e Tuncay Sanli (TUR).
Gols: Hakan Yakin (SUÍ) aos 32 do 1º tempo. Senturk (TUR) aos 12 e Turan (TUR) aos 47 do 2º tempo.
Estádio: St. Jakob-Park, Basiléia, Suíça.
Árbitro: Lubos Michel (ESL)


Classificação Grupo A

1º - Portugal – 6 pontos
2º - República Tcheca – 3 pontos, -1 de saldo
Turquia – 3 pontos, -1 de saldo
4º - Suíça – 0 ponto.

Pedro Júnior

terça-feira, 10 de junho de 2008

UEFA Euro 2008 – Jogos do Dia – 10/06

Espanha 4x1 Rússia

A Fúria estreou em grande estilo na Eurocopa. Com um show de David Villa, os espanhóis arrasaram a Rússia e constituíram a mais elástica vitória da primeira rodada da competição. Destaque, como já se previa, para o forte meio-de-campo espanhol, que mesmo com Fàbregas começando no banco, mostrou uma mobilidade tática incrível. A nota negativa fica na escolha do técnico da Rússia, o excelente Guus Hiddink, que mandou a campo a defesa reserva, milhões de vezes mais pesada que a titular. Com esse vacilo, Fernando Torres e Villa deitaram e rolaram. Um belo jogo, muito aberto, sem nenhum cartão amarelo, com muitas opções, e a Espanha chega novamente com pinta de que pode ir longe. Será que dessa vez vai mesmo?

Espanha: Casillas; Sergio Ramos, Marchena, Puyol e Capdevila; David Silva (Xabi Alonso), Marcos Senna, Xavi e Iniesta (Cazorla); Villa e Fernando Torres (Fàbregas).
Rússia: Akinfeev; Anyukov, Shirokov, Kolodin e Zhirkov; Sychev (Bystrov) (Adamov), Zyryanov, Semak, Semshov (Torbinski) e Bilyaletdinov; Pavlyuchenko.
Melhor em Campo UEFA: Villa (ESP)
Gols: Villa (ESP) aos 20 e aos 44 do 1º tempo. Villa (ESP) aos 30, Pavlyuchenko (RUS) aos 41 e Fàbregas (ESP) aos 46 do 2º tempo.
Estádio: Tivoli Neu, Innsbruck, Áustria.
Árbitro: Konrad Plautz (AUS)


Grécia 0x2 Suécia

Para fechar a primeira rodada da Fase de Grupos da Euro, a sempre perigosa Suécia contra os atuais campeões da Grécia. O que se viu em campo foi o famoso “ataque contra defesa”. Os suecos dominaram o jogo, principalmente no primeiro tempo, criando muitas oportunidades, especialmente no jogo aéreo. A explosiva dupla de ataque formada por Ibrahimovic e Larsson funcionou muito bem, com muita movimentação. Mas na primeira etapa, prevaleceu a forte retranca grega, que parece apostar na mesma fórmula que surpreendeu o mundo em 2004: um ferrolho na zaga, e sorte no ataque. Mas, pelo menos hoje, a sorte não apareceu. E no segundo tempo, Ibrahimovic fez o gol mais bonito da Euro até aqui, enquanto Hansson fez o mais feio. Mas os dois tiveram o mesmo peso, e mostraram que os escandinavos podem fazer bonito, e os helênicos devem fazer feio.

Grécia: Nikopolidis; Seitaridis, Kyrgiakos, Antzas, Dellas (Amanatidis) e Torosidis; Charisteas, Basinas, Katsouranis e Karagounis; Gekas (Sâmaras).
Suécia: Isaksson; Alexandersson (Stoor), Mellberg, Hansson e Nilsson; Wilhelmsson (Rosenberg), Svensson, Ljungberg e Andersson; Ibrahimovic (Elmander) e Larsson.
Melhor em Campo da UEFA: Ibrahimovic (SUE)
Cartões Amarelos: Seitaridis, Charisteas e Torosidis (GRE).
Gols: Ibrahimovic (SUE) aos 22 e Hansson (SUE) aos 27 do 2º tempo.
Estádio: Wals-Siezenhein, Salzburg, Áustria.
Árbitro: Massimo Busacca (SUÍ)

Rafael Porto

segunda-feira, 9 de junho de 2008

UEFA Euro 2008 – Jogos do Dia – 09/06

Romênia 0x0 França

A partida que abriu o chamado “grupo da morte” foi a pior da Euro até aqui. Romenos e franceses fizeram um jogo bem modorrento, sem grandes oportunidades de gol e sem muita intenção de se arriscar a sofrer um contra ataque. Na segunda etapa a França ainda ameaçou mais, mas o sistema defensivo da Romênia provou estar afiado.

Romênia: Lobont; Contra, Tamas, Goian e Rat; Cocis (Codrea), Radoi (Dica) e Chivu; Nicolita, Niculae e Mutu (M. Niculae).
França: Coupet; Sagnol, Thuram, Gallas e Abidal; Ribery, Toulalan, Makelele e Malouda; Anelka (Gomis) e Benzema (Nasri).
Melhor em Campo da UEFA: Makelele (FRA)
Cartões Amarelos: Contra, Goian, Niculae (ROM) e Sagnol (FRA).
Estádio: Letzigrund, Zurich, Suíça
Árbitro: Manuel Mejuto González (ESP)

Holanda 3x0 Itália

Para fazer o contraste com o primeiro jogo, a partida que fechou a primeira rodada do Grupo C foi a melhor da Euro até aqui. Holanda e Itália protagonizaram um jogo de gente grande, com opções táticas e técnicas de encher os olhos de quem gosta de futebol. O resultado pode dar a impressão de um massacre holandês, mas não foi isso que aconteceu. As duas equipes jogavam de igual para igual até que a arbitragem errou e não marcou um impedimento claríssimo no gol de Nistelrooy. Quando ainda tentava assimilar o golpe, a Holanda ampliou. No segundo tempo, a Itália foi para cima, teve muito mais chances, mas em um contra-ataque mortal, a Orange fechou uma vitória fantástica, que pode dar uma moral incrível para a equipe de Van Basten na seqüência da competição.

Holanda: Van der Sar; Ooijer, Boulahrouz (Heitinga), Mathijsen e Van Bronckhorst; Kuyt (Afellay), De Jong, Van der Vaart, Engelaar e Sneijder; Van Nistelrooy (Van Persie).
Itália: Buffon; Panucci, Barzagli, Materazzi (Grosso) e Zambrotta; Ambrosini, Pirlo e Gattuso; Camoranesi (Cassano), Toni e Di Natale (Del Piero).
Melhor em Campo da UEFA: Sneijer (HOL)
Cartões Amarelos: De Jong (HOL), Zambrotta, Gattuso e Toni (ITA).
Gols: Van Nistelrooy (HOL) aos 26, Sneijer (HOL) aos 31 do 1º tempo e Van Bronckhorst (HOL) aos 34 do 2º tempo.
Estádio: Stade de Suisse, Berna, Suíça
Árbitro: Peter Fröjdfeldt (SUÉ)

Classificação Grupo C
1º - Holanda – 3 pontos
2º - França – 1 ponto, 0 de saldo
Romênia – 1 ponto, 0 de saldo
4º - Itália – 0 ponto

Rafael Porto

domingo, 8 de junho de 2008

UEFA Euro 2008 – Jogos do Dia – 08/06

Áustria 0x1 Croácia

E não é que a Áustria não foi tão ruim assim? Quem achou que ia ver um desfile da boa seleção croata quebrou a cara. Apesar de tomar um gol de pênalti logo no começo do jogo, os austríacos foram para cima da Croácia, e embalados pela torcida, deram um sufoco no time do uniforme quadriculado. Mas apesar de jogar bem, a Áustria saiu derrotada de campo. Uma primeira rodada para se esquecer para os anfitriões do torneio, já que a Suíça também perdeu ontem. E a Croácia vai precisar de muito mais futebol se quiser realmente surpreender na competição.

Áustria: Macho; Prödl, Stranzl e Pogatetz; Standfest, Aufhauser, Ivanschitz, Säumel (Vastic) e Gercaliu (Korkmaz); Harlik e Linz (Kienast).
Croácia: Pletikosa; Córluka, R. Kovac, Simunic e Pranjic; Srna, Niko Kovac, Modric e Kranjcar (Knezevic); Olic (Vukojevic) e Petric (Budan).
Melhor em Campo da UEFA: Pletikosa (CRO)
Cartões Amarelos: Pogatez, Prödl, Säumel (ÁUS) e R. Kovac (CRO).
Gol: Modric (CRO) de pênalti aos 4 minutos do 1º tempo.
Estádio: Ernst Happel, Viena, Áustria
Árbitro: Pieter Vink (HOL)

Alemanha 2x0 Polônia

Como já se esperava, a Alemanha não teve problemas para começar com vitória sua participação na Euro 2008. Surpreendentemente para quem acredita no defensivismo dos germânicos, a Alemanha veio a campo com três atacantes. Mas foi no meio de campo que os alemães venceram o jogo. Dominando as ações na meia cancha, a Nationalef não permitiu à Polônia que respirasse no jogo.

Alemanha: Lehmann; Lahm, Metzelder, Mertesacker e Jansen; Fritz (Schweinsteiger), Frings, Ballack e Podolski; Gómez (Hitzlsperger) e Klose (Kuranyi).
Polônia: Boruc; Wasilewski, Zewlakow, Bak e Golanski (Saganowski); Lobodzinski (Piszczek), Dudka, Zurawski (Guerreiro), Lewandowski e Krzynowek; Smolarek.
Melhor em Campo da UEFA: Podolski (ALE)
Cartões Amarelos: Schweinsteiger (ALE), Lewandowski e Smolarek (POL).
Gols: Podolski aos 20 do 1º tempo e aos 27 do 2º tempo.
Estádio: Wörthersee, Klagenfurt, Áustria.
Árbitro: Tom Henning Ovrebo (NOR)


Classificação Grupo B

1º - Alemanha – 3 pontos, 2 gols de saldo
2º - Croácia – 3 pontos, 1 gols de saldo
3º - Áustria – 0 ponto, -1 de saldo
4º - Polônia – 0 ponto, -2 de saldo

Rafael Porto

Uefa Euro 2008 - Jogos do Dia - 07/06

Suíça 0 x 1 República Tcheca

A Euro 2008 começou às 13 horas, horário de Brasília. O primeiro jogo envolvia uma das anfitriãs da competição, e um time com certa tradição no futebol. Mas antes da bola rolar no belo estádio St. Jakob Park, na Basiléia, uma breve e simples cerimônia de abertura aconteceu. Depois que as formalidades terminaram, o árbitro italiano Roberto Rosetti apitou o começou da competição.
Em campo o que se viu foi um massacre suíço. A seleção helvética, empolgada com a presença maciça e o apoio de seus torcedores, foi para cima dos tchecos. Mas mesmo com muita pressão, não conseguiu marcar. Talvez a ausência de Alexander Frei, artilheiro do time que saiu lesionado tenha feito falta demais. Mas o que conta é que mesmo com pouquíssimas chances, a República Tcheca achou um gol com Svérkos, que havia acabado de entrar em campo. Os tchecos, que chegaram desacreditados com o time, dão um passo importante rumo à classificação. Já os suíços vão ter que mostrar mais qualidades ofensivas se não quiserem decepcionar em casa.

Suíça: Benaglio; Lichtsteiner (Vonlanthen), Müller, Senderos e Magnin; Behrami (Derdiyok), Inler, Fernandes e Barnetta; Frei (Hakan Yakin) e Streller.
Rep. Tcheca: Cech; Grygera, Ujfalusi, Rozehnal e Jankulovski; Sionko (Vlcek), Jarolim (Kovac), Galasek, Polak e Plasil; Koller (Svérkos).
Melhor em Campo da UEFA: Ujfalusi (RPC)
Cartões Amarelos: Magnin, Barnetta e Vonlanthen (SUÍ).
Gol: Svérkos (RPC) aos 26 do 2º tempo.
Estádio: St. Jakob Park, Basiléia, Suíça.
Árbitro: Roberto Rosetti (ITA)

Portugal 2 x 0 Turquia

A seleção comandada por Luiz Felipe Scolari do banco, e por Cristiano Ronaldo no campo não decepcionou. Mostrando um futebol bastante objetivo e agradável de se ver, principalmente no segundo tempo, os Tugas começaram bem o caminho rumo ao título da Euro. A maior atração do torneio, Cristiano Ronaldo, não fez feio, e mostrou que realmente veio para brilhar. A seleção turca, apesar da derrota, não deixou uma má impressão, e promete complicar o caminho dos outros times do grupo, mais fracos que os portugueses.

Portugal: Ricardo; Bosingwa, Pepe, Ricardo Carvalho e Paulo Ferreira; Cristiano Ronaldo, Petit, Deco (Fernando Meira), João Moutinho e Simão (Raúl Meireles); Nuno Gomes (Nani).
Turquia: Volkan Demirel; Hamit Altintop (Semih Senturk), Servet Çetin, Gokham Zan (Emre Asik) e Balta; Kazim Kazim, Emre Belozoglu, Mehmet Aurélio, Mevlut Erdinç (Sabri Sarioglu) e Tuncay Sanli; Nihat.
Melhor em Campo da UEFA: Pepe (POR)
Cartões Amarelos: Gokham Zan, Kazim Kazim e Sabri Sarioglu (TUR)
Gols: Pepe (POR) aos 16 e Raúl Meireles (POR) aos 48 do 2º tempo.
Estádio: Stade de Gèneve, Genebra, Suíça
Árbitro: Herbert Fandel (ALE)

Classificação Grupo A
1º - Portugal - 3 pontos, 2 gols de saldo
2º - Rep. Tcheca - 3 pontos, 1 gol de saldo
3º - Suíça - 0 ponto, -1 de saldo
4º - Turquia - 0 ponto, -2 de saldo.

Rafael Porto

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Euro 2008

Começa no sábado a segunda principal competição entre seleções do planeta, a Eurocopa. Apesar da ausência da Inglaterra, o torneio desse ano, que será disputado na Áustria e na Suíça, tem tudo para ser dos melhores. Por isso, vamos conhecer os participantes da Euro 2008.

GRUPO A

SUÍÇA
-Tem um grupo de jogadores muito interessantes e joga em casa, o que é sempre vantajoso. Depois do bom desempenho na Copa do Mundo da Alemanha, a expectativa é que os Helvéticos surpreendam novamente.
Astro: Alexander Frei – Atacante – Borussia Dortmund (ALE)
-Tem a missão de colocar a bola na rede, e faz isso muito bem.
Promessa:
Gokhan Inler – Meia – Udinese (ITA)
-Muito forte e técnico, vem de uma Série A fantástica, e já despertou o interesse do Liverpool.
Técnico: Köbi Kuhn
-Experiente e identificado com a seleção, levou a Suíça a todas as principais competições desde que assumiu, em 2001.
Melhor Participação: Primeira fase em 1996 e 2004.
Time Base (4-5-1): Benaglio; Philipp Degen, Djourou, Senderos e Magnin; Fernandes, Cabanas, Vonlanthen, Inler e Barnetta; Frei (c).
Expectativa: Chega às semifinais.

REPÚBLICA TCHECA
-Tem tradição, mas a geração atual é mediana. Com a aposentadoria de Nedved e a lesão de Rosicky, é difícil acreditar em um bom desempenho. O ataque é absolutamente inoperante.
Astro: Petr Cech – Goleiro – Chelsea (ING)
-Um dos melhores arqueiros do mundo, Cech (foto) vai precisar pegar muito para levar sua seleção à frente na Euro.
Promessa: Martin Fenin – Atacante – Eintracht Frankfurt (ALE)
-Quase negociado com a Juventus, deve ficar na reserva no começo da competição. Como a dupla titular é horrível, pode virar a esperança tcheca.
Técnico: Karel Brückner
-Conhece bem o grupo, que lançou quando comandava as divisões de base da seleção.
Melhor Participação: Vice-campeã em 1996.
Time Base (4-4-2): Cech; Ujfalusi (c), Rozehnal, R. Kovac e Jankulovski; Galasek, Polak, Wlcek e Plasil; Baros e Koller.
Expectativa: Chegar às quartas-de-final.

PORTUGAL
-Favoritos ao título, os Tugas chegam à Euro precisando se consolidar entre os grandes do futebol. Depois do vice na última edição e das semifinais na Copa do Mundo, só o título interessa.
Astro:
Cristiano Ronaldo – Meia/Atacante – Manchester United (ING)
-Melhor jogador do mundo na temporada, chega à Áustria e Suíça com a missão de brilhar intensamente.
Promessa: José Bosingwa – Lateral-Direito – Chelsea (ING)
-Bosingwa (foto) fez uma grande temporada no Porto, roubou a titularidade na seleção de Miguel, e foi comprado pelo Chelsea por 20 milhões de euros.
Técnico: Luiz Felipe Scolari (Brasileiro)
-Famoso por transformar suas equipes em “famílias”, Felipão é tão ídolo em Portugal como no Brasil. Deve se despedir depois da Euro.
Melhor Participação: Vice-campeã em 2004.
Time Base (4-5-1): Ricardo; Bosingwa, Fernando Meira, Ricardo Carvalho e Paulo Ferreira; Miguel Veloso, Petit, Deco, Cristiano Ronaldo e Simão; Nuno Gomes (c).
Expectativa: Conquistar o título.

TURQUIA
-Os turcos voltam a uma grande competição depois do 3º lugar na Copa do Mundo de 2002. O time é totalmente diferente, mas é jovem e competitivo. A inexperiência pode atrapalhar.
Astro: Hamit Altintop – Meia – Bayern de Munique (ALE)
-Ao lado do brasileiro naturalizado Mehmet Aurélio, é o responsável pela ligação entre defesa e ataque do time turco.
Promessa: Arda Turam – Meia – Galatasaray
-Principal nome do campeão turco na temporada, é o garoto prodígio da seleção.
Técnico: Fatih Terim
-É bastante contestado no comando do time, mas é inegável que Terim (foto) promoveu uma bela reformulação no elenco da Turquia.
Melhor Participação: Quartas-de-final em 2000.
Time Base (4-4-2): Rustu (c); Servet Çetin, Zan, Sabri Sabrioglu e Ugur Boral; Mehmet Aurélio, Hamit Altintop, Karadeniz e Arda; Tuncay e Nihat.
Expectativa: Chegar às quartas-de-final.

GRUPO B

ÁUSTRIA
-Se a Suíça está confiante com um bom time, a outra anfitriã da Euro não tem a mesma expectativa. Os austríacos têm um time fraco e decadente, e só um milagre pode levar a equipe longe na competição.
Astro: Emanuel Pogatetz – Zagueiro – Middlesbrough (ING)
-É difícil destacar alguém em um elenco tão fraco, mas o zagueiro Pogatetz (foto) é mais experiente e joga numa liga mais forte que seus companheiros.
Promessa: Martin Harnik – Atacante – Werder Bremen (ALE)
-Recordista de gols nas seleções de base da Áustria, Harnik pode ser a grata surpresa dos donos da casa.
Técnico: Josef Hickersberger
-Deve apostar em uma bela retranca, esperando evitar que o time faça a pior participação de um anfitrião na história do torneio.
Melhor Participação: Nunca participou.
Time Base (3-5-2): Manninger; Prödl, Stranzl e Pogatetz; Garics, Aufhauser, Ivanshitz (c), Fuchs e Säumel; Harnik e Linz.
Expectativa: Não ficar em último no grupo.

CROÁCIA
-Uma seleção que faz frente aquela que ficou em 3º lugar na Copa do Mundo de 1998. É com esse status que os croatas esperam confirmar as expectativas e surpreenderem a Europa.
Astro: Niko Kranjcar – Meia – Portsmouth (ING)
-Muita habilidade e raça, já conhecidas para quem acompanhou a Copa da Alemanha e o Campeonato Inglês dessa temporada.
Promessa: Luka Modric – Meia – Tottenham Hotspurs (ING)
-Brilhou muito no título croata do Dinamo Zagreb. Contratado a peso de ouro pelo Tottenham, Modric (foto) é candidato a futuro craque.
Técnico: Slaven Bilic
-É o treinador mais jovem da competição. Faz o estilo boleiro, sempre deixando claro que é amigo dos atletas.
Melhor Participação: Quartas-de-final em 1996.
Time Base (4-4-2): Pletikosa; Corluka, Simic, Robert Kovac e Simunic; Srna, Niko Kovac (c), Modric e Kranjcar; Olic e Petric.
Expectativa: Chegar às semifinais.

ALEMANHA
-Desde o fim da Copa do Mundo que sediou em 2006, a Alemanha foi a seleção que teve o melhor desempenho no continente. Por isso, o
Nationalmannschaft chega com a condição de principal candidato ao título.
Astro:
Michael Ballack – Meia – Chelsea (ING)
-Não é um craque incontestável, mas exerce uma liderança imprescindível na seleção. Seus passes, gols e cruzamentos são as principais armas alemãs.

Promessa: René Adler – Goleiro – Bayer Leverkusen
-Como a base do time titular deve ser o mesmo que jogou a Copa do Mundo, Adler ainda não deve estourar. Mas fez uma Bundesliga quase perfeita pelo seu clube.
Técnico: Joachim Löw (foto)
-Era auxiliar de Klinsmann e assumiu cercado de desconfiança. As boas apresentações do time e o surgimento de novos atletas deram moral ao técnico.
Melhor Participação: Campeã em 1972, 1980 e 1996.
Time Base (4-4-2): Lehmann; Lahm, Metzelder, Mertesacker e Jansen; Frings, Borowski, Ballack (c) e Hitzlsperger; Klose e Gómez.
Expectativa: Conquistar o título.

POLÔNIA
-Os poloneses já foram uma força secundária no futebol europeu, mas faz tempo que não incomodam mais. Com uma geração mediana, não devem ir muito longe na competição.
Astro: Euzebiusz Smolarek – Atacante – Racing Santander (ESP)
-Mais do que pelo futebol que joga, Smolarek é importante para a Polônia pelo que representa. Ele é filho de Wlodzimierz Smolarek, ídolo na era de ouro do time.
Promessa: Roger Guerreiro – Lateral-Esquerdo – Legia Warsóvia
-Naturalizado polonês em cima da hora, o ex-jogador de Corinthians e Flamengo pode se firmar como mais um “estrangeiro” de sucesso em seleções européias.
Técnico: Leo Beenhakker (Holandês)
-Extremamente experiente, o técnico da Polônia já foi a três Copas do Mundo e treinou times grandes, como o Real Madrid. Sua qualidade é a maior esperança polonesa.
Melhor Participação: Nunca participou.
Time Base (4-4-2): Boruc; Wasilewski, Bak, Zewlakow e Jop; Dudka, Lewandowski, Lobodzinski e Krzynówek; Zurawski (c) e Smolarek.
Expectativa:
Não ficar em último no grupo.

GRUPO C

ITÁLIA
-A Itália é a atual campeã mundial.
Obviamente que só esse fato já credencia a Azurra ao título. Mas além do “currículo”, os italianos têm um time técnico e raçudo, como já é costume para o mundo todo.
Astro: Andrea Pirlo – Meia – Milan
-A capacidade de Pirlo colocar a bola onde quer é assustadora. Com a aposentadoria de Totti da seleção, sobrou para ele a missão de conduzir o meio-campo da Itália.
Promessa: Antonio Di Natale – Atacante – Udinese
-Pode parecer estranho eleger um jogador de 30 anos como uma promessa, mas Di Natale (foto) só passou a jogar um grande futebol recentemente. É sua primeira grande competição.
Técnico: Roberto Donadoni
-Assumir um time que acaba de conquistar o título mais importante do futebol nunca é fácil. Donadoni tem sido muito criticado na Itália, mas faz um trabalho bastante digno.
Melhor Participação:
Campeã em 1968.
Time Base (4-5-1):
Buffon (c); Panucci, Barzagli, Chiellini e Grosso; Gattuso, Ambrosini, Pirlo, Camoranesi e Di Natale; Toni.
Expectativa: Conquistar o título.

FRANÇA
-Depois do vice-mundial em 2006, os Bleus entraram em uma fase de renovação. Os novos atletas franceses têm a nada fácil tarefa de substituir a geração de Zidane. A Euro é uma boa oportunidade de mostrar serviço.
Astro: Thierry Henry – Atacante – Barcelona (ESP)
-A temporada não foi das melhores, mas ninguém duvida do potencial de Henry. Em boa forma e motivado, um dos melhores jogadores do mundo.
Promessa: Karim Benzema – Atacante – Lyon
-Fez um Campeonato Francês fantástico pelo heptacampeão Lyon. Com uma finalização mortal, deve virar protagonista no futebol europeu em breve.
Técnico: Raymond Domenech (foto)
-Tem algumas manias estranhas, como tomar decisões inspirado pelo horóscopo. Mas é inegável que sabe o que faz, principalmente com relação a jovens jogadores.
Melhor Participação: Campeã em 1984 e 2000.
Time Base (4-4-2): Coupet; Sagnol, Thuram, Gallas e Abidal; Makélélé, Vieira, Ribéry e Malouda; Anelka e Henry.
Expectativa: Conquistar o título.

HOLANDA
-A Laranja Mecânica sempre é perigosa, mas chega à competição em um período de entressafra, o que pode ser perigoso em um grupo como esse. Apesar da qualidade dos atletas, atualmente não pode se colocar no nível dos gigantes do continente.
Astro: Ruud van Nistelrooy – Atacante – Real Madrid (ESP)
-Fazedor de gols nato, Nistelrooy é além de tudo um dos mais experientes do elenco. É por seus pés que passam as (poucas) esperanças holandesas.
Promessa: Klaas-Jan Huntelaar – Atacante – Ajax
-Mesmo fazendo um caminhão de gols há algum tempo, Huntelaar ficou de fora da Copa de 2006. Com a má fase recente do Ajax, a Euro será sua primeira competição em alto nível.
Técnico: Marco van Basten
-Como jogador foi um gênio, mas como técnico ainda está devendo. Criou problemas com alguns atletas importantes, como Van Bommel e Seedorf, que largaram o time.
Melhor Participação: Campeã em 1988.
Time Base (4-3-3): Van der Sar (c); Heitinga, Ooijer, Mathijsen e Bouma; De Zeeuw, Van Bronckhorst e Van der Vaart; Sneijder, Robben e Van Nistelrooy.
Expectativa: Chegar às semifinais.

ROMÊNIA
-Depois de um bom tempo afastada das principais competições, a Romênia está de volta. E a seleção atual é muito talentosa, com jogadores muito jovens e qualificados. O problema é que caiu em um grupo com três times fortíssimos.
Astro: Adrian Mutu – Atacante – Fiorentina (ITA)
-Mutu (foto) não teve chances de brilhar em uma grande competição antes por conta da má fase da Romênia. Agora o jogador quer mostrar toda a sua qualidade na Euro.
Promessa: Ciprian Marica – Atacante – Stuttgart (ALE)
-Goleador, Marica tem a vantagem de não ser o principal responsável pelos gols romenos. Com os holofotes voltados para Mutu, pode acabar brilhando mais.
Técnico: Victor Piturca
-Foi o treinador que levou a Romênia à sua última grande competição, a Euro 2000. Depois foi afastado, e quando voltou a seleção se reencontrou. Imagine a moral do cara.
Melhor Participação: Quartas-de-final em 2000.
Time Base (4-5-1): Lobont; Contra, Goian, Tamas e Rat; Codrea, Chivu (c), Dica, Florentin Petre e Mutu; Marica.
Expectativa: Chegar às quartas-de-final

GRUPO D

GRÉCIA
-O Navio Pirata chega com o status de atual campeão europeu. Mas nem o mais otimista dos gregos deve acreditar que é possível conquistar um bicampeonato. Mesmo assim, a seleção não é de todo mal, e uma campanha razoável é possível.
Astro: Kostas Katsouranis – Meia – Benfica (POR)
-Foi um dos jogadores-chave no título europeu de 2004. Depois da conquista não conseguiu se firmar em nenhum clube, mas continua com moral.
Promessa: Georgios Samaras – Atacante – Celtic (ESC)
-O jovem atacante vai ter que brigar muito por uma vaga no ataque da seleção. Suas boas partidas pelo Manchester City na última temporada lhe dão um trunfo a mais na missão.
Técnico: Otto Rehhagel (Alemão)
-Rehhagel (foto) levou a Grécia ao improvável título da última Eurocopa, vencendo a anfitriã Portugal na final da competição. Resumindo, é uma lenda do futebol helênico.
Melhor Participação: Campeã em 2004.
Time Base (4-4-2): Nikopolidis; Seitaridis, Kyrgiakos, Dellas e Torosidis; Basinas (c), Katsouranis, Karagounis e Giannakopoulos; Gekas e Charisteas.
Expectativa: Chegar às quartas-de-final.

SUÉCIA
-Os suecos já se consolidaram como uma das seleções mais fortes fora do grupo das campeãs mundiais. E para a competição da Áustria e Suíça não é diferente. A Landslaget entra com pinta de surpresa.
Astro: Zlatan Ibrahimovic – Atacante – Internazionale (ITA)
-Ibra lembra muito Cristiano Ronaldo. A qualidade do futebol dos dois é tão grande quanto a marra deles. Mesmo meio mascarado, Zlatan é um dos astros dessa Euro.
Promessa: Sebastian Larsson – Meia – Birmingham City (ING)
-É o típico volante moderno, com qualidade no desarme e na armação das jogadas. Com o rebaixamento de sua equipe na Premier League, deve trocar de time depois da Euro.
Técnico: Lars Lägerback
-Respeitadíssimo na Suécia, Lägerback é técnico dos escandinavos há 8 anos. É conhecido como um profundo estudioso de esquemas táticos.
Melhor Participação: Semifinalista em 1992.
Time Base (4-4-2):
Isaksson; Stoor, Mellberg (c), Majstorovic e Nilsson; Linderoth, Andersson, Sebastian Larsson e Wilhelmsson; Elmander e Ibrahimovic.
Expectativa: Chegar às semifinais.

ESPANHA
-Os espanhóis acreditam que a seleção do país é uma das melhores do mundo. Isso não é verdade, mas a Fúria tem condições de fazer campanhas melhores do que as realizadas ultimamente. Destaque para o fortíssimo meio de campo.
Astro: Cesc Fàbregas – Meia – Arsenal (ING)
-Fàbregas (foto) jogou o fino da bola em 2007/8. Apesar de extremamente jovem, vai comandar o time na busca pela confirmação do status de força mundial.
Promessa: David Silva – Meia – Valencia
-Não chega a ser um atleta desconhecido, mas ainda não é um astro do futebol. Sem dúvidas tem condições de alcançar esse patamar.
Técnico: Luis Aragonés Suárez
-Difícil não pensar que Aragonés só segue no cargo porque não existem muitas opções melhores. O treinador é limitado e até já se envolveu em episódios de racismo.
Melhor Participação: Campeã em 1964.
Time Base (4-5-1): Casillas (c); Sergio Ramos, Puyol, Marchena e Capdevila; Marcos Senna, Xavi, Fàbregas, Iniesta e David Silva; Fernando Torres.
Expectativa: Chegar às semifinais.

RÚSSIA
-Comandados por um treinador excelente, os russos voltam a disputar um torneio de elite. Com uma geração talentosa, que prova isso com as boas campanhas dos clubes na Europa, a Rússia acredita que pode incomodar os grandes.
Astro: Pavel Progrebnyak – Atacante – Zenit Saint Petersburg
-Quem assistiu a jogos da Copa UEFA da última temporada deve se lembrar da qualidade do atleta. Muito jovem, deve chegar a um clube grande em breve.
Promessa: Igor Akinfeev – Goleiro – CSKA Moscou
-Se não estivesse na pouco assistida Premier Liga russa, Akinfeev (foto) já seria considerado um dos melhores goleiros do mundo. A Euro pode facilitar esse processo.
Técnico: Guus Hiddink (Holandês)
-Um dos melhores treinadores do planeta, Hiddink se tornou famoso por levar equipes medianas a grandes resultados, como Coréia do Sul e Austrália. A Rússia é a próxima?
Melhor Participação: Primeira fase em 1996 e 2004.
Time Base (4-4-2): Akinfeev; Anyukov, V. Berezutski, Ignashevich e A. Berezutski; Bilyaletdinov, Zyryanov, Semshov e Zhirkov; Arshavin (c) e Progrebnyak.
Expectativa:
Chegar às semifinais.

Rafael Porto